sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Descobrimento da América
Espanha 12/10/1492 Sexta-feira



Era o dia 03 de agosto de 1492 (Sexta-feira) e Colombo levantava âncora de Palos em direção ao Atlântico. A bonança retinha a pequena frota perto das Canárias, de onde seguira viagem depois de uma parada que durou de 10 de agosto a 6 de setembro.Talvez, apenas Colombo mantivesse a serenidade e a confiança.
Estava certo do êxito desde que saíra com uma frota de três navios: Santa Maria, Pinta e Niña e 87 homens a bordo.
O temor de não ver mais terra invadia toda a tripulação e ele percebeu que devia preparar-se para afastar as superstições daquela gente. Deliberou ter duas contagens das milhas percorridas: uma para si próprio e outra – falsa – para o resto da tripulação.
Os homens de Colombo estavam inquietos: pensavam que, como durante muito tempo soprara apenas o vento do levante, ali não houvesse brisa que os levasse de volta à Espanha. Temiam o mar de sargaços, temiam os meteoros, como o que viram riscar os céus em 15 de setembro.
Grande era o abatimento.
A 25 de setembro um dos participantes da expedição, Martín Alonso Pinzón, acreditou ter visto terra, e gritou a Colombo da popa de sua nau:- Terra, terra! Mas eram apenas nuvens.

A 7 de outubro elas enganaram a Niña, que disparou um tiro, sinal convencionado para terra à vista. Estas sucessivas desilusões tinham efeito deprimente e tanta era a ansiedade de ver terra que os homens não acreditavam mais em sinal algum. Martín Alonso chegou a pedir mudança de rota para oeste, a fim de atingir o Japão de Marco Polo.

A 10 de outubro, Colombo enfrentou os marinheiros dizendo que eram inúteis as lamentações porque “tinha decidido ir às Índias e continuaria até a meta, com a ajuda de Deus”. Consentiu, porém em alterar o rumo, ante a visão de pássaros que voavam de norte para sudoeste.

Na noite de 11 para 12 de outubro, com mar grosso, Colombo voltou à sua rota do poente, mas por pouco tempo: um marinheiro da Pinta anunciou terra à vista. A terra apareceu claramente por volta das 2 horas da madrugada, à distância de umas duas léguas. Era uma ilha do extenso arquipélago situado entre o golfo do México e o mar das Caraíbas, mais tarde denominado Antilhas. Navegaram em torno procurando um lugar onde ancorar. Na costa, intrigados com os monstros marinhos de asas brancas, homens, mulheres e crianças aglomeravam-se, inteiramente nus. Essa primeira terra descoberta recebeu o nome de San Salvador.

Colombo navegou entre as Bahamas por 96 dias e onde quer que desembarcasse, plantava cruzes. De ilha em ilha, chegou a Cuba e fez amizade com os índios. Embora maravilhado com tudo o que viu, Colombo não podia deixar de pensar no ouro pela qual convenceu sua gente a segui-lo. E ouro não há. A não ser o pouco que ornamentam os índios, sempre dispostos a trocá-lo por quinquilharias.

A 6 de dezembro, Cristóvão Colombo aportou no atual Haiti, cuja paisagem lhe lembrou a Espanha e por isso a batizou de Hispaniola. De volta à Espanha, aonde chegou em março de 1493 a bordo da Niña, Colombo viu seu triunfo ser festejado em Barcelona. A corte e toda a população foram recebê-lo. Os reis católicos não permitiram que Colombo se ajoelhasse diante deles e em máxima honra, sentou-se à direita da rainha. Da cerimônia constava o batismo dos seis índios que tinha trazido, como troféus vivos do grande feito. Tanto o navegador quanto os soberanos espanhóis estavam convencidos de que a viagem havia levado às Índias. A idéia de que Colombo havia aportado em outras terras não passava pela cabeça de ninguém e o primeiro que vislumbrou a verdade foi o humanista italiano Pietro Martire d’Anghiera.

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